O estresse é um mecanismo adaptativo essencial de todos os seres vivos. Por definição, estresse é o conjunto de reações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exija esforço de adaptação.
O estresse pode ajudá-lo se você souber tirar proveito da maximização do potencial de atuação que ele lhe garante. Porém, o mais importante é saber administrá-lo, na dosagem certa e no tempo que seu organismo, física e mentalmente consegue suportar.
O estresse move mares e montanhas. É essencial para responder às demandas que a vida de hoje nos impõem. Hoje, não mais fugimos de feras, mas de situações sociais que são extremamente ameaçadoras ao nosso equilíbrio.
Como diferenciar o mau do bom estresse?
O animal, quando ameaçado, enfrenta seu oponente avançando sobre ele ou fugindo, se percebe risco na situação. Como o bicho, o homem frente a situações em que tem que enfrentar seus limites, sob o estresse, arranja mais forças para atuar.
Seja uma competição esportiva, realizar uma venda difícil ou fugir de um assalto.
O atleta, ao ouvir o tiro de largada sai na frente, pois está mais alerta, com o organismo preparado para responder à demanda da prova.
Estamos falando do bom estresse, reação adaptativa essencial para maximizar nossa capacidade de reação.
Depois de realizada a tarefa, o organismo volta à calma, retornando ao seu estado anterior.
Ou seja, foi um momento definido, de duração limitada e com intensidade suportável.
Mas nem sempre acontece desta forma. Na sociedade de hoje, existe uma outra possibilidade, além de lutar e fugir, que é a que tem ocorrido com maior freqüência: não poder fazer nada, não atuar.
Se não temos mais as feras a nos ameaçar, temos o chefe no escritório, reclamando a toda hora sem razão, e a vontade que dá é enfrentá-lo, ou sair correndo, evitando esta situação ameaçadora. Mas na maioria das vezes, o que ocorre é que você fica quieto.
Não grita nem corre como seus ancestrais faziam, e o estresse fica mantido, sem a realização orgânica, sem a utilização de toda a adrenalina liberada, que se mantém alta, pois não estará sendo consumida.
E isto ocorre no trânsito, em casa, nas discussões em família e com o vizinho.
Este mau estresse é aquele causado por uma situação que você já conhece, mas ainda requer esforço de adaptação.
Não há predisposição emocional positiva, favorável para aquela situação. O trânsito é um bom exemplo.
As pessoas sabem que irão enfrentá-lo ao saírem de casa, mas ainda não se dessensibilizaram para o problema, ou seja, são sensíveis a ele.
Há necessidade de adaptação e aí vem o estresse com todos os seus malefícios.
Ao levar uma fechada, o homem não pode sair lutando ou correndo como o animal faz na selva.
Tem de permanecer ali parado, apesar da vontade de largar o carro no meio da rua, ou enfiá-lo em cima do outro.
Tendo o estresse como aliado
A pessoa será mais bem sucedida quanto melhor reagir às demandas de vida, com o menor desgaste possível.
Se o sujeito tem uma entrevista para um emprego no próximo mês e, neste tempo, ficar sofrendo com as perguntas que lhe serão feitas e que ele sabe que não conseguirá responder, já está pensando num resultado negativo e sofrendo com isso.
Pode ser que a entrevista seja super favorável.
Mas neste período ele não dormiu bem, teve diminuição do apetite sexual e engordou 5 quilos.
O que aconteceu é que esta pessoa sofreu por antecipação, vítima de uma ansiedade enorme.
Embora o resultado tenha sido positivo, sua vida se alterou.
A produtividade diminuiu, assim como a capacidade de relacionar-se com os demais.
Como se vê, o conceito de sucesso está intimamente ligado a não sofrer por antecipação, dessensibilizar-se para as possíveis causas de estresse cotidianas e saber responder aos desafios (estressantes), desta sociedade tão competitiva.
Autoria: Prof. Dr. Artur Zular
Coordenador do 6º Cruzeiro Qualidade de Vida
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