Por que se fala tanto em inovação? Talvez porque a inovação afete diretamente o aspecto mais sensível das empresas, o lucro. Para apurar o lucro de qualquer negócio partimos do preço, calculamos a receita e desta deduzimos todos os custos e despesas. Quanto maior o resultado apurado em relação ao total das receitas, maior será a lucratividade.
E quanto maior a lucratividade de uma empresa, maior a sua eficiência e por conseqüência o retorno do investimento dos sócios. Altas lucratividades também propiciam re-investimento de parte do lucro no próprio negócio, o que é fundamental para o aumento da competitividade, sobrevivência, perenidade e evolução. Independente do porte ou setor de atuação.
Com um mercado cada vez mais competitivo, o que se observa é um rigoroso e implacável nivelamento de preços. Pode-se dizer que em alguns setores há uma competição predatória onde a maioria tenta permanecer no mercado utilizando-se como principal fator de diferenciação, a estratégia do menor preço.
O grande problema da “guerra de preços” é a supressão ou achatamento das margens de lucro. Baixos lucros significam baixas taxas de lucratividade e quase nenhum re-investimento. Assim põe-se em risco a sobrevivência e evolução do negócio. Eis o principal dilema: Como cobrar mais para sair da armadilha da guerra de preços sem perder a competitividade no mercado? Competitividade nada mais é do que a “capacidade de competir”.
A única possibilidade de se cobrar mais sem perder mercado é diferenciar. O cliente tem que reconhecer algum diferencial de valor percebido em um determinado produto ou serviço que justifique o incremento de preço perante a concorrência.
Qualidade técnica ou funcional, nível de atendimento não encontrado na concorrência, prestígio, status, notoriedade da marca e pioneirismo ou ineditismo são alguns exemplos de diferenciação. Destes, merece destaque o pioneirismo ou ineditismo. O pioneirismo significa novidade e até mesmo exclusividade. Um produto ou serviço é inédito quando é novo e único. O cliente está disposto a pagar mais por diferenciais.
A inovação é considerada, na literatura, uma das principais fontes de vantagem competitiva. Ao inovar a empresa consegue diferenciar seus produtos e serviços e com isso cobrar e lucrar mais. Inúmeros estudos e artigos internacionais mostram forte correlação entre lucratividade e nível de inovação. A Apple é um exemplo clássico de empresa que vem observando um crescimento exponencial de sua lucratividade e rentabilidade através de seus produtos inéditos e revolucionários tais como os diversos números de smartphones e tablets lançados nos últimos anos.
A inovação não está disponível apenas a gigantes como a Apple. Até mesmo as micro e pequenas empresas podem e devem inovar. A inovação pode estar em pequenas coisas, como uma forma diferenciada de atendimento. Um pipoqueiro de Curitiba que ao perceber que as pessoas deixavam de comprar pipoca devido à gordura que fica nas mãos e ao hálito deixado pelo produto, criou o “kit pipoca” que nada mais é do que um pacotinho contendo um guardanapo de papel, um palito de dentes e uma bala de menta. Este pipoqueiro ficou famoso na cidade e atualmente ministra palestras Brasil afora. Atualmente o “seu Valdir” como é chamado, pode dar-se ao luxo de cobrar mais por sua pipoca, o que lhe garante uma lucratividade superior a da concorrência.
Quer lucrar mais? Inove! Não perca o próximo Circuito Sebrae – Inovar traz lucros. O evento será realizado dia 16/08 á Rua Lisboa, 902.