Cálculo Renal
Prof. Dr. Roberto Avritchir Médico Radiologista formado pela Faculdade de Medicina Souza Marques em 1984, com Residência Médica, Mestrado e Doutorado pela Santa Casa De Misericórdia de São Paulo. Professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. Diretor clinico da CRYA-Clinica Radiológica Yeochua Avritchir Membro titular do colégio Brasileiro de Radiologia Contato Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
O cálculo renal, urolitíase, nefrolitíase, popularmente conhecido como "Pedra no rim" é uma condição clinica muito comum, principalmente em países tropicais, sendo que pode acometer de 1% a 7% da população de acordo com diferentes publicações ou estatísticas de hospitais.
Os cálculos são formados por substancias químicas sendo que com maior freqüência sais de cálcio. A suspeita de cálculo renal pelo médico é baseada no exame clínico, sendo que cólica, náuseas, dor, infecção urinária e sangramento urinário são achados freqüentes nesta situação. A confirmação do diagnóstico em sua grande maioria se faz através de exame de urina e exames de imagem que deverão ser criteriosamente realizados levando-se em consideração radiação, riscos e custo.
A Ultrassonografia é o exame realizado com maior freqüência. Permite a avaliação do rim, ureter se dilatado e bexiga. O sucesso está relacionado com o tamanho e a posição do cálculo, sendo que quando menores de três mm, mesmo que estiverem no rim poderão não ser detectados.
Cálculos no ureter podem ser extremamente difíceis de serem encontrados, principalmente se não houver dilatação dos mesmos. (figura1).
Figura 1 – Ultrassonografia – cálculo em ureter direito.
Radiografia do abdome tem sensibilidade variável lembrando que para ser detectado o cálculo tem que ser de material químico radio - opaco,como o cálcio (figura2).
Figura 2 – Radiografia do Abdome – Cálculos em rim esquerdo.
A Urografia Excretora, até recentemente método de escolha diagnóstica, tem como principal contra-indicação (além da radiação) a necessidade de injeção de substancia química à base de iodo que pode desencadear reação anafilática e deverá ter especial atenção se o paciente for portador de doença renal ou fizer uso de medicações (entre elas para diabetes) que poderá ocasionar reações complexas.
A Tomografia Computadorizada tem sido utilizada com maior freqüência nos últimos anos como método complementar principalmente se a ultrassonografia não foi diagnóstica. Geralmente não é empregado contraste, mas ressaltamos como principal lembrança a necessidade de uso de radiação ionizante que deverá ser cuidadosamente avaliada principalmente em crianças; geralmente não é empregada em gestantes exceto em situações extremamente complexas (figura 3).
Figura 3 - Tomografia Computadorizada do Abdome – cálculo em rim direito
No tratamento do cálculo renal em sua fase inicial, a dor é a maior preocupação sendo empregadas diferentes medicações.
Figura 4 – cálculo renal
Conduta clinica ou cirúrgica será adotada individualmente. Pacientes que foram acometidos de cálculo renal tem maior probabilidade de apresentarem novos episódios no decorrer da vida sendo recomendado que tenham sempre seu médico clinica-urologista de referência.