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Ser promovido é o desejo de 10 entre 10 funcionários hoje em dia. Todos eles desejam ser reconhecidos pelo ótimo trabalho (na visão deles) que desempenham em suas atividades dentro da empresa, gerando uma expectativa enorme em torno disto, que, muitas vezes, não é atendida conforme gostariam.

Esta situação ocorre em diversas organizações mundo afora, por razões diferentes, pois cada caso é um caso, porém sempre com o mesmo rótulo “é panela”. Invariavelmente, os funcionários que não conseguem ser promovidos antes daquele colega de trabalho que não vai com a sua cara afirmam que foram “panelados” pelo chefe, ou seja, foram deixados de lado para que outras pessoas menos capazes (também na visão deles) pudessem ser promovidas.

Porém, o que muitos destes funcionários não param para analisar é se realmente tinham capacidade de assumir o novo cargo, se realmente ele é melhor que a pessoa que foi promovida. Para tentar resolver estas questões, muitos gestores se utilizam de avaliações de desempenho para analisar seus colaboradores corretamente, mas nem sempre esta prática é bem vista pelos funcionários de uma organização. Geralmente, estes programas de avaliação de desempenho são inadequados e não contemplam todas as variáveis necessárias de serem avaliadas.

Meritocracia

É neste momento que surge a famosa e contestada meritocracia nas empresas. Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter) significa premiar os funcionários pelo seu desempenho e resultados alcançados, levando-os aos postos mais elevados na hierarquia através de seus próprios méritos.

A meritocracia é muito utilizada em empresas que possuem um alto nível de competitividade no mercado, que precisam reter seus melhores talentos antes que eles se mudem para a concorrência. É através dela que os gestores mostram que estão acompanhando de perto o desenvolvimento destes profissionais. É assim, também, que os funcionários se sentem observados e avaliados da melhor forma, sem temer o famoso “QI” (quem indicou), comum nas organizações desde que o mundo é mundo.

Porém, como em todo assunto relevante para a Administração, a Meritocracia provoca algumas discussões sobre a forma como os funcionários se relacionam no ambiente de trabalho, seu comprometimento e dedicação com as tarefas. E também a percepção que seus gestores tem sobre estas questões.

A Psicóloga educacional e empresarial, Silvia Osso, questiona esta situação em seu blog e dá um exemplo de uma situação em que a Meritocracia gera algumas discussões importantes no meio empresarial, confira:

“Veja o caso de um Gestor que tem dois colaboradores do mesmo nível, que ganham o mesmo salário e têm o mesmo plano de benefícios. Um é pontual, cumpre prazos, é confiável e seu trabalho é de qualidade; o outro, nem tanto. Quem está sendo recompensado? Naturalmente, o segundo. Matematicamente, o segundo ganha mais porque faz menos. E como fica a motivação do primeiro? Se isso acontece em sua empresa, cuidado! È uma das melhores receitas para reter os segundos e perder os primeiros…”

Neste caso apresentado, é muito fácil medir a diferença de desempenho entre os trabalhadores, por causa das mesmas condições de trabalho e remuneração, mas nem sempre é assim. Por isso, é importante que o gestor que decida por implementar a Meritocracia em sua empresa fique de olhos abertos com relação ao comportamento de seus funcionários, seus hábitos de trabalho e as relações com os demais colegas. Uma boa observação destes fatores pode facilitar a implantação de possíveis modificações no processo de análise de desempenho na empresa.

É sabido que a Meritocracia gera diversos problemas para a empresa, no que diz respeito à insatisfação de alguns funcionários, mas é preciso lembrar que ter um sistema de avaliação de desempenho baseado realmente no desempenho do funcionário é muito melhor do que o velho sistema de indicação e coleguismo. Por isso, os colaboradores precisam também apoiar a empresa nesta avaliação e focar mais no trabalho do que em questões afins. Assim, os melhores talentos sempre se sobressairão, chamando a atenção dos gestores para si.

Por: Gustavo Periard - www.sobreadministracao.com.br

Quando falamos em tendências organizacionais devemos lembrar que apesar de todo avanço tecnológico as organizações são constituídas de pessoas, e para que elas tenham um bom desempenho é necessário um bom clima organizacional.

No dia 09 de setembro de 2011 completamos 46 anos de profissão. Dentre as profissões regulamentadas somos uma das mais novas, mas ao longo desta nossa caminhada, vimos o homem pousar na lua, mais guerras e crises que gostaríamos de contar, a queda do muro de Berlim, o surgimento da internet e a espetacular revolução das comunicações.

Mas todas essas conquistas, e mesmo os fracassos, foram originados na gestão de pessoas, no trabalho de equipe, na liderança efetiva onde o Administrador assume estes papeis na sociedade.

Ao longo deste período essa visão, mais humana e colaborativa, da gestão passou a predominar. Hoje não temos empregados, mas sim colaboradores. O essencial é que esta mudança não seja apenas de nomenclatura, mas de visão do valor das pessoas na organização.

Neste momento, que pensamos em grandes projetos nacionais, em que a humanidade luta para conciliar desenvolvimento com sustentabilidade, precisamos cada vez mais do administrador - agora atingindo a maturidade – reconhecido e valorizado pela sociedade. Esta luta não é somente dos órgãos de representação da profissão – SAESP, FENAD e Sistema CFA/CRAs   mas de todas nós, profissionais, e estudantes, que precisamos demonstrar em todos momentos que sem Administrador a chance de sucesso das organizações neste mundo em mudança é cada vez menor. Que somos hoje mais de um milhão e meio de profissionais, prontos para contribuir para o desenvolvimento de nossas empresas e sociedade.

A você Administrador e estudante de Administração, parabéns pela data, mas principalmente parabéns por estar participando ativamente desta luta de fortalecimento e reconhecimento de nossa profissão.

Roberto Carvalho Cardoso

Brasília, 12 de setembro de 2011 – Analisar cenários e identificar tendências para a profissão do Administrador no país. Esses são os objetivos da “Pesquisa Nacional sobre o Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador 2011”. A pesquisa, realizada pelo Conselho Federal de Administração (CFA), está em sua quinta edição. O trabalho ficará a cargo da Fundação Instituto de Administração (FIA) e terá início hoje.

EMPREGABILIDADE - EXIGÊNCIA OU NECESSIDADE?